sábado, 22 de novembro de 2008

Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul começa neste sábado (22)

Recomendar políticas e ações integradas para o desenvolvimento da agricultura familiar no Mercosul. Com esse objetivo, começa neste sábado (22) a X Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (REAF). O encontro será realizado no Hotel Windsor Guanabara, no Rio de Janeiro, e contará com a participação de 300 pessoas, entre representantes de governos e sociedade civil do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Venezuela. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) coordena esta edição do evento, cuja programação se estende até o dia 27 de novembro.

Entre os temas em pauta neste semestre, destaca-se a criação do Fundo da Agricultura Familiar do Mercosul (FAF Mercosul), aberto à participação dos estados-membros. A intenção do Fundo é “apoiar projetos de políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar na região, bem como dar apoio ao próprio funcionamento da REAF, sobretudo no que diz respeito à participação da sociedade civil”, explica o consultor da Assessoria Internacional e de Promoção Comercial do MDA, Francesco Pierri.

Outras questões a serem discutidas nos seminários e grupos de trabalho são a inserção produtiva dos jovens do campo; a igualdade de gênero nas políticas públicas voltadas para a agricultura familiar; acesso a terra, reforma agrária e uso da terra por estrangeiros; o seguro agrícola como ferramenta para compensar a perda de renda por motivos climáticos; e os obstáculos ao comércio dos produtos da agricultura familiar.

Sobre a REAF

Instituída em 2004, a REAF surgiu em um ambiente de discussões com os movimentos sociais, que enxergavam a agricultura familiar como estratégica devido sua participação na força de trabalho, na produção de alimentos, no Produto Interno Bruto (PIB) e no ordenamento dos territórios rurais do Mercosul. Dados da REAF apontam que esse segmento responde, em média, por 9% PIB do Mercosul e por 68% do total de produtos fabricados. Também reúne um universo de 20 milhões de pessoas e 4,9 milhões de estabelecimentos.

“Foi um trabalho de convencimento com base em dados econômicos e realizado com a fundamental parceria dos movimentos sociais. Havia iniciativas autônomas aos governos para pautar a questão da criação desse tipo de organismo no Mercosul . Isso era coordenado pela Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Coprofam). Essas iniciativas foram convergindo e se chegou à criação dessa institucionalidade”, relembra Pierri.

O encontro passou a ser realizado a cada seis meses com o objetivo de discutir e formular recomendações acerca de políticas, ações e projetos relacionados à agricultura familiar. As deliberações são encaminhadas ao Grupo Mercado Comum (GMC) e ao Conselho Mercado Comum e, caso aprovadas, passam a ser implementadas no Mercosul.
Principais conquistas

Um dos grandes objetivos alcançados pela REAF foi a edição da Resolução 25/07 do GMC, que estabelece critérios mínimos de identificação da agricultura familiar no Mercosul e recomenda aos países-membros o desenvolvimento de registros nacionais do setor. A Argentina, o Paraguai e o Uruguai acompanharam essa recomendação e implantaram em seus países registros nacionais da agricultura familiar.

Na Argentina, foi criada a subsecretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar. Ela é ligada à secretaria de Agricultura, que faz parte da estrutura do Ministério da Economia. Além disso, o governo daquele país instituiu um Fórum Nacional de Agricultura Familiar (Fonaf), que conta com a participação da sociedade civil para discutir a política nacional voltada à esse segmento produtivo.

Cooperação técnica

Já o Paraguai criou uma política de crédito rural, que leva o mesmo nome da política brasileira: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Como o país é muito exposto a fenômenos climáticos adversos à agricultura familiar, foi criado pela REAF um projeto-piloto de seguro agrícola, que será a base do sistema nacional de seguro a ser implantado no próximo ano.

Outra atividade de intercâmbio vai se tornar um projeto de cooperação técnica trabalhado pela REAF junto ao Paraguai a ser assinado durante esta décima edição do evento. O MDA/Incra vai realizar atividades de troca de experiências e capacitação de técnicos do Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e de Terras do Paraguai (Indert) – cuja competência é semelhante à do Incra – e ceder o uso de GPSs para que o Instituito possa fazer o levantamento de sua malha fundiária.


Feira tem pré-estréia de documentário sobre regularização fundiária na BR-163

A regularização fundiária é a uma das condições mais importantes para promover o desenvolvimento sustentável no País. A prioridade do Incra é a Amazônia Legal. Por isso, numa operação pioneira, Incra e Exército se uniram para titular cerca de três mil posseiros que vivem na área de influência da BR-163. Com o título, o posseiro passa a ser o proprietário da terra e pode receber financiamentos e acessar todas as políticas públicas para o meio rural.

O foco desta primeira etapa são quatro municípios do estado do Pará: Altamira, Itaituba, Trairão e Novo Progresso. A área tem mais de 7 milhões de hectares, dos quais cerca de 4 milhões estão destinados à preservação ambiental. A ação virou um documentário. Durante 10 dias, a equipe de filmagem percorreu mais de 500 quilômetros da BR-163 e registrou a expectativa de agricultores, fazendeiros, comerciantes e da própria equipe de trabalho do Incra e do Exército.

O resultado será exibido durante a V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, no Rio de Janeiro. No dia 27 de novembro, às 17h30, haverá a pré-estréia do documentário “Incra em Ação na Amazônia – Regularização Fundiária na BR-163”.

Serviço
Data: 27 de novembro de 2008
Horário: 17h30
Local: Estande do MDA na V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - Marina da Glória - Rio de Janeiro/RJ

AGRICULTOR (A) DEVE PROCURAR O AGENTE FINANCEIRO ATÈ O DIA 12 DE DEZEMBRO DE 2008

O Conselho Monetário Nacional prorrogou o prazo para desão dos agricultores (as) familiares, inclusive os beneficiários (as) da reforma agrária e dos programas de crédito fundiário, a renegociação das dívidas rurais, de acordo com a Lei 11.775. Neste processo, é de fundamental importância, o apoio de todas as instituições, públicas ou da sociedade civil que acompanham este público, atuando na orientação às famílias beneficiadas, e na divulgação das informações pertinentes à atividade de renegociação.

É muito importante que todas as famílias renegociem as suas dívidas com base nas condições mais vantajosas trazidas pela 11.775, e assim possam se reabilitar a novos financiamentos na Safra 2008/2009.

Equipe DFDA-BA

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SEMENTES CRIOULAS RECEBEM CERTIFICADO E POSSIBILITAM O ACESSO CRÉDITO

Os agricultores familiares que cultivam sementes crioulas têm o reconhecimento oficial do governo federal por meio de um certificado que possibilitará que suas lavouras possam ter acesso ao financiamento do Pronaf e ao Seguro da Agricultura Familiar (SEAF).

Para isso, basta o agricultor procurar uma entidade pública ou privada que atua com banco de sementes, entidade de pesquisa ou de extensão rural, também previamente cadastrada, para que eles possam fazer seu registro e de sua semente. A própria instituição emitirá o certificado gratuitamente. Com posse do documento, o agricultor poderá apresentá-lo ao banco para a solicitação de créditos rurais do Pronaf. O certificado é reconhecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O certificado do agricultor traz informações como o nome da cultura, a finalidade e características agronômicas, além disso, indica as regiões de adaptação. Os agricultores que cultivam sementes crioulas podem ser amparados pelo SAF.

O coordenador do SEAF na Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), José Carlos Zukowski, destaca que as entidades que vão emitir o certificado para o agricultor também precisa se cadastrar para desenvolver as ações de identificação e cadastro de cultivares locais, tradicionais ou crioulas no endereço: http://www.seaf.mda.gov.br/.

Havia dificuldade de acesso ao credito e ao seguro para as lavouras com sementes crioulas, com a alegação de que essas sementes possuíam menos garantias por não serem certificadas. Zukowski explica que, segundo a legislação brasileira, as sementes tradicionais devem ter acesso aos financiamentos e às políticas públicas, como medida de ampliação da base dos cultivos a disposição dos agricultores.

O coordenador explica que os requisitos mínimos para o cadastramento de uma cultivar, ou seja, semente crioula, são: ser desenvolvida e adaptada por agricultores, povos e comunidades tradicionais e ter características fenotípicas bem determinadas e reconhecidas pelas comunidades. Também é preciso que esteja em utilização há mais de três anos, que não seja oriunda de manipulações genéticas ou industriais e que não contenha transgenes.

A SAF/MDA tem apoiado iniciativas locais de uso e conservação de sementes crioulas, repassando para as organizações sociais parceiras, recurso da ordem de R$ 6 milhões entre 20004 e 2007, para serviços de assistência técnica e extensão rural, formação de técnicos e agricultores e, ainda, investimentos em bancos de sementes crioulas. Além disso, eventos por todos o Pais têm recebido apoio da Secretaria para debater temas relacionadas à agrobiodiversidade, nos quais também ocorrem trocas de sementes crioulas.

Fonte: SAF/MDA

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

EM DEZEMBRO, SERÁ REALIZADO O 1º ENCONTRO BAIANO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIAS SOCIAIS

Criada em abril de 2005 para promover o desenvolvimento sustentável por meio da difusão e reaplicação de Tecnologias Sociais, a RTS já conquistou a adesão de 650 instituições, públicas e privadas, em todas as regiões do Brasil, sendo 58 na Bahia.

As ações da RTS foram apresentadas, na tarde de quinta-feira (dia 25/09), aos técnicos da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti/BA), de universidades públicas, União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Unicafes Bahia) e FETAG-BA.
A reunião discutiu ainda a realização do 1º Encontro Baiano de Inovação e Tecnologias Sociais, a ser analisado uma data.

A Secti/BA tem como principal desafio contribuir para a impressão de um novo ritmo de desenvolvimento sustentável para o Estado. Sua administração é marcada pela articulação com a comunidade científica e participação da sociedade civil organizada para que o debate sobre a CT&I chegue ao interior e vá além das fronteiras do meio acadêmico e empresarial.

Esta atuação está presente junto às tecnologias de ponta, portadoras de futuro, e às Tecnologias Sociais, que proporcionam inclusão, a exemplo do Cidadania Digital (Programa de Inclusão Sociodigital do Estado da Bahia). Os novos rumos da CT&I estão sendo guiados com foco na melhoria da qualidade de vida dos baianos e baianas.

O trabalho da Secti tem caráter transversal, contando com parcerias com outras entidades dos governos estadual, federal e municipal, empresariado, universidades, centros de pesquisas e a sociedade civil organizada. A articulação de atores com importantes papéis para o desenvolvimento científico e tecnológico, bem como a ação direta de fomentar iniciativas inovadoras ou popularizar as ciências, estão entre as linhas de atuação da Secretaria.

Fonte: Secti/BA

PARCERIAS PARA IMPULSIONAR A INCLUSÃO DOS PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NA CESTA DO POVO

Incluir e incentivar a comercialização dos produtos da agricultura familiar na Cesta do Povo. Esses foram os principais objetivos discutidos na audiência realizada no dia 23 de setembro, na Casa Civil/CAB. Estavam presentes representantes da superintendência da agricultura familiar, Ailton Florêncio e Guilherme Cerqueira, representante da Unicafes Bahia, Julita Trindade, representante da Casa Civil, Fábio, coordenador da casa militar, Luiz Calmon e presidente da Ebal (Empresa Baiana de Alimentos S.A), Reub Celestino.

Durante a audiência foi discutido a disponibilização do espaço pela Ceasa, para um intermediário incentivar e incluir a venda dos produtos da agricultura familiar, inicialmente este intermediário será a Unicafes Bahia. Segundo o presidente da Ebal, Reub Celestino será disponibilizado.A gestão e administração, inicialmente da SUAF (Superintendência da Agricultura Familiar, da Unicafes, sobretudo, no primeiro momento pode ser compartilhada e depois assumida pelas organizações.

SEMINÁRIO NA REDE DE PRODUTORAS DA BAHIA DISCUTIU CERTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO

Com o objetivo de apresentar para as mulheres propostas de estruturação de um sistema de informação de mercado para apoiar a comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar, no dia 05 de setembro de 2008, na sede da Rede de Produtoras da Bahia, em Feira de Santana, foi realizado o Seminário Certificação da Produção.

O seminário teve a participação de grupos de mulheres associadas à rede, representante da Superintendência da Agricultura Familiar, Guilherme Cerqueira e representante da Unicafes Bahia, Leive Almeida. Pela manhã teve a solenidade de abertura do seminário, posteriormente apresentação do Selo da Agricultura Familiar.

Para a coordenadora de Comunicação, Marilene Santos Silva, o selo da agricultura familiar será muito importante para a comercialização dos produtos da Rede de Produtoras da Bahia. “Com a criação do selo a comercialização dos produtos da rede vai aumentar, como também o reconhecimento da cooperativa”, afirma a coordenadora. Outro fator importante para a Rede de Produtoras da Bahia é a disponibilidade para produzir mais e melhorando na produção e comercialização.

“O selo da agricultura familiar dará visibilidade ao produto para poder comercializar. Além disso, vai dificultar os atravessadores, estes que tiram o valor que o agricultor merece receber, lucrando mais ”, complementa Claudenice Mota, representante da COOAFES e Grupo Mulheres Guerreiras de Conceição do Coité.

À tarde foi realizada a assembléia geral com todos os grupos que filiados à cooperativa, apresentando encaminhamentos aos objetivos de cada grupo. “Nosso objetivo na realização da assembléia geral é trabalhar com as mulheres, apontando os pontos positivos durante o ano, e buscando alternativas para dar continuidade ao trabalho”, conclui Marilene Silva, diretora de comunicação.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

CONSTRUÇÃO DE PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE PESCADORES DOS TERRITÓRIOS RURAIS DO ESTADO DA BAHIA

Dinamizar os setores da pesca e aqüicultura na Bahia, incentivando a comercialização e construção de projeto de capacitação de pescadores dos territórios rurais do estado da Bahia, além da visualização dos problemas enfrentados pelos pescadores. Esses foram os principais objetivos discutidos na audiência realizada no dia 09 de setembro, na sede da Bahia Pesca.

Estavam presentes o diretor técnico da Bahia Pesca, José Alves, assessor de estudos e desenvolvimento de mercado, Tiago Lessa, representantes da ANTEAG: coordenadora de projetos, Catia Costa, assessor técnico, Ronaldo de Souza, representantes da Unicafes Bahia: presidente Urbano Carvalho, coordenadora de projetos, Célia Dourado, coordenado de ATER, José Augusto Monteiro e diretora de comunicação, Iara Andrade.

Durante a audiência foi discutido a questão da análise dos diagnósticos, este já realizados pela Bahia Pesca, sobre as atividades pesqueiras, e a partir dessa análise averiguar de que forma seria a atuação da ANTEAG e a UNICAFES BAHIA, em parceria com a Bahia Pesca. Além desses fatores, será feita a identificação junto à Bahia Pesca da quantidade e localização dos núcleos pesqueiros.

Para embasar melhor a discussão, o presidente da Unicafes Bahia, Urbano Carvalho sugeriu que fossem realizadas oficinas de diagnósticos, construção de Marco 0, a Sistematização dos Diagnósticos e/ou Oficinas de Diagnósticos sobre os aspectos da produção e comercialização em cada núcleo pesqueiro, Ciclo de debates sobre redes de Cooperação e as Atividades Pesqueiras, para dimensionar as ações. Sendo que, para a Unicafes Bahia, seria estratégico e interessante, principalmente para as áreas interioranas.

Outro fator importante para a construção de projeto de capacitação de pescadores dos territórios rurais do estado da Bahia, será a realização de um Seminário de Apresentação do Projeto para os representantes dos núcleos pesqueiros e Intercâmbios entre núcleos de pescadores no estado e inter-estadual.

Para o assessor técnico da ANTEAG, Ronaldo Sousa, é importante trabalhar a área costeira e ampliar as ações para as áreas interioranas, pois estas precisam reforçar as diversas dimensões dos diagnósticos, não só dados físicos, como realização das oficinas, encontro das pessoas, dos diferentes grupos.

A princípio, o foco da proposta é na região metropolitana, contudo, nas conferências saíram muitas demandas dos territórios rurais.